05/12/10

Rescaldo do Assalto ao Caramulo

A ansiedade para que este dia chegasse rapidamente era muita. As tropas estavam em alerta total, será que íamos ter neve, frio, chuva? Será que íamos alcançar o Caramulinho? Muito se ia falando, as certezas eram pouca, o que era certo era que este dia iria ser fantástico…

O ponto de encontro foi no café do Pompílio, em Belazaima, onde depois de reunir as tropas partimos em direcção à capela. Durante essa noite tinha chovido bastante, os caminhos tinham bastante água e lama, o percurso prometia ser duro.
Encontrámos um grupo que vinha de Canelas já quase a chegar à capela, onde estava também um pessoal da LAAC a grelhar uns coiratos. Dois dedos de conversa com o pessoal amigo e seguimos caminho.
Da capela até ao estradão das eólicas foi relativamente rápido, o trilho algo técnico fez no entanto que fosse necessário fazer uma paragem técnica para reagrupar o pessoal. Por ali já circulavam vários grupos, uns mais organizados que outros, mas todos com o mesmo objectivo – o Caramulinho.
Ao longe já se conseguia avistar o nosso objectivo, o frio já era muito, pés e mãos já eram difíceis de manter quentes, metemo-nos a caminho ainda tínhamos alguns kms pela frente.
Antes da subida para Malhapão de Cima estavam já vários grupos a reagrupar para atacar, de boca em boca corria já a certeza de que íamos ter neve, e muita! Chegámos a Tasca do Ti Cardoso cedo, as coisas ainda estavam muito calmas, decidimos comer qualquer coisa rápida e depois fazer o ataque final. De Malhapão era já possível admirar uma paisagem deslumbrante coberta de um manto branco, até ao Caramulinho ainda tínhamos uns 3/ 4 kms, sempre a subir e com a dificuldade de pedalar na neve.
Até ao Caramulinho encontrámos dezenas de betetista, uns ainda subiam mas outros já desciam com o dever cumprido. O caminho não era muito fácil, o frio era muito, os pés já quase nem os sentia, mas a toda aquela paisagem fazia esquecer isso.
Fotos da praxe, subida aos 1076 metros de altura do Caramulinho e tivemos de nos meter a caminho. O tempo por esta zona é muito instável, tanto está o céu limpo como de repente se levanta um nevoeiro que cobre tudo e te deixa desorientado.
A viagem de retorno também não foi fácil com tanto frio que estava, mas rapidamente chegámos a Malhapão onde a confusão já era muita. Reagrupar e seguir viagem para casa, chegava assim ao fim um dia fantástico a pedalar por montes e vales do Caramulo, que certamente vai ficar na memória de muitos (há quem diga que foram 300 que andaram por ali!!).
Às vezes é difícil acreditar como é que um evento destes que começou em 2008, também num dia memorável em que alguns bravos tentaram levar a cabo este assalto mas que não passaram de Malhapão, consegue em 2010 reunir tantos betetista com um único objecto, o – Assalto ao Caramulo.


11/11/10

Rescaldo do 2º Raid Gastronómico

Participei este ano pela primeira vez neste Raid Gastronómico organizado, e bem, pelo pessoal da LAAC. Um pouco reticente em confirmar a inscrição devido à chuva que estava prevista para esse fim-de-semana, resolvi mesmo assim arriscar. E que boa opção foi…
O dia começou frio e muito cinzento, ameaçando chover a qualquer momento. O impermeável foi de prevenção!
Cheguei cedo ao pavilhão, por ali a azáfama já era muita. Encontrei o pessoal da Biciarca e enquanto fui levantar o dorsal encontrei muitos outros colegas do pedal que já não via há algum tempo.
A partida atrasou um pouco, penso que não deveriam estar presentes os 150 participantes que a organização previa, mas o espírito de convívio era grande e a ansiedade por aquilo que nos estava reservado era ainda maior.
A partida foi dada e … cerca de 100 metros mais à frente foi interrompida… era tempo do 1º abastecimento, o mata-bicho. Só me lembro de uns apetitosos coiratos a sair da grelha que estavam um espectáculo.
Depois foi tempo de pedalar um pouco pelos trilhos ali da zona até chegarmos à Figueira de Boialvo onde nos esperava mais um abastecimento. Vinho e muita e boa comida não faltaram. Mais uns kms, poucos, e mais uma paragem no Pardieiro, onde, nos serviram uns rojões e umas papas de abóbora divinais. Com a pança cheia a vontade em pedalar já não era muita, mas tínhamos ainda uns kms finais até chegarmos à meta, em Aguada de Cima.
O grupo foi alongando, a moto quatro que transportava o pipo da sangria marcava o andamento daqueles que tinham mais sede. Chegados à meta ainda nos esperavam umas fêveras na grelha e uma apetitosa sopa da pedra. Não consegui comer mais….
Um excelente passeio convívio com inúmeras peripécias e algumas quedas que animaram este Raid.

25/10/10

ESTA SEMANA CELEBRAMOS UM ANIVERSÁRIO MUITO ESPECIAL


Monica Lewinsky faz 44 anos. Acreditam ???


PARECE QUE FOI ONTEM... ANDAVA ELA A GATINHAR NA CASA BRANCA, COM AS MÃOS E OS JOELHOS PELO CHÃO, METENDO TUDO NA BOCA...

É PÁ, ELAS CRESCEM TÃO DEPRESSA!!!

21/10/10

No comments...

Somos um país de mendigos com carros dignos da Arábia Saudita” diz Medina Carreira


19/10/10

Elevation


Diferenças de Altitudes 491 Meter (9 para 500 Meter)
Subida acumulada 1741 Meter
Descida acumulada 1714 Meter
Kcal 2305
Fat 35%
AVG 22.6km/h
Velocidade máxima 70,5km/h
Tempo dispendido 3.26h
Distância percorrida 77,88kms


A volta de roda fina deste fim-de-semana levou-me ali para as bandas de Sever do Vouga e arredores. Como agora descobri uma “ferramenta” na Internet que permite criar percursos e fazer umas coisas engraçadas com a altimetria, decidi postar aqui um pequeno gráfico. O gráfico não está completo na sua parte final, uma vez que faltam alguns kms, mas dá para ter uma noção elucidativa do percurso…

06/10/10

2º Raid BTT Gastronómico LAAC

Realiza-se já no próximo dia 7 de Novembro, em Aguada de Cima, o 2º Raid BTT Gastronómico. Custo de inscrição de 20€ e limitado a 150 participantes.

22/09/10

bem a propósito...


Os cães atrás dos ciclistas e a música dos Talking Heads
in http://reporterasolta.blogspot.com

Tive um professor de liceu que tinha dado a volta à Europa de bicicleta. Contou isso nas aulas, e nós ficámos fascinados com o calibre da aventura, principalmente por o seu protagonista ser aquele homem alto e curvado, de voz monocórdica e óculos na ponta do nariz. Ninguém imaginava o cinzento professor de História a pedalar de cidade em cidade, atravessando fronteiras, por estradas inóspitas e intermináveis. Mas era precisamente esse contraste entre aquela figura banal e o seu incrível estilo de vida que prendia a nossa atenção. Ele contava episódios surpreendentes, aquelas coisas inesperadas e descabidas que são, viria eu a perceber mais tarde, próprias das histórias verdadeiras.

Lembro-me bem de uma delas, talvez por o professor a ter mencionado várias vezes com grande ênfase. “Sabem qual é o principal problema de quem anda pelas estradas de bicicleta?”, perguntava ele. E respondia, para nosso espanto: “São os cães”.

De facto, que há de melhor do que um ciclista, numa tarde modorrenta e soalheira, para quebrar o tédio da comunidade canídea de uma aldeia? Os cães adoram ciclistas. Gostam de correr atrás de tudo o que passa na estrada, sejam carros ou motos, mas as bicicletas têm uma vantagem: é possível alcançá-las, e abocanhar os calcanhares do ciclista durante quilómetros.

Era uma imagem terrível e um pouco decepcionante. De facto, quando pensamos em alguém a dar a volta à Europa em bicicleta não imaginamos um professor de História a pedalar com uma matilha de cães a roer-lhe os tornozelos. Mas a bicicleta é isso mesmo. Não flutua sobre a realidade, não possui qualquer espécie de invólucro protector. Está em contacto com as coisas, e nós também. De bicicleta, sentimos o calor e o frio, o vento, a chuva, os sons e os cheiros, e também o fumo, os buracos do caminho e os dentes afiados dos cães. Bicicleta é isso: sentir.

Isso faz dela o veículo perfeito para conhecer uma zona urbana. É rápida, leve e silenciosa, estaciona-se em qualquer lugar e não conhece obstáculos. No selim de uma bicicleta tornamo-nos donos de uma cidade. Quando ela está preparada, com ciclovias, espaços não poluídos e lugares próprios de estacionamento, pedalar torna-se tão natural como caminhar. Quando não está, como é o caso de Lisboa ou Porto, o ciclismo é um desporto radical. Perigoso, mas não menos estimulante: pode-se circular pelas faixas de rodagem ou pelos passeios, zonas pedonais, escadas ou vias de sentido proibido. Já que à bicicleta não é reconhecido o direito de cidadania, pois então vale tudo.

O músico David Byrne é um fanático da bicicleta. Para todo o lado onde viaja leva a sua (que hoje em dia é um modelo dobrável). Escreveu um livro, Bicycle Diaries, onde fala de várias cidades do mundo, vistas da sua bicicleta. Há capítulos sobre Nova Iorque, Berlim, Londres, Buenos Aires, Sydney ou Manila. Mas as cidades mais interessantes, diz o vocalista dos Talking Heads, são as que não têm condições para bicicletas, como Roma (e ele nunca pedalou em Lisboa!)

“Sinto-me mais ligado à vida nas ruas do que se estivesse dentro de um automóvel ou um transporte público”, escreve o músico. “Ocorreu-me que as cidades são manifestações físicas das nossas crenças mais profundas, dos nossos pensamentos muitas vezes inconscientes, não tanto como indivíduos, mas como os animais sociais que somos”. Vista de uma bicicleta, a cidade é uma espécie de retrato vivo e a três dimensões da complexidade da mente humana. “É como navegar pelas fibras neuronais de um enorme cérebro global. É realmente uma viagem no interior da psique colectiva”.

E é também, diz ainda David Byrne, um exercício de auto-contemplação e meditação, e a melhor forma, para um artista, de obter inspiração para criar.

Acabei de ler isto e pensei nas canções dos Talking Heads que poderão ter sido escritas no selim de uma bicicleta. “Run run run away psyco killer” (Foge foge assassino psicopata)? É bem possível, se pensarmos no problema descrito pelo meu professor de História.

21/09/10

Rota da Aldeia do Rugby - Moita

A Rota da Aldeia do Rugby realiza-se dia 26 de Setembro, na Moita - Anadia, e tem um percurso de 40 kms. Mais informações em http://moitarugbyclubedabairrada.blogspot.com/

09/09/10

Festival 2 Rodas - Águeda

A 1ª edição do Festival 2 Rodas realiza-se de 24 a 26 de Setembro, em Águeda, e inclui uma prova de 3 horas de resistência em btt. Mais informações em http://www.mxagueda.com