Na verdade eu já há uns tempos que pensava na melhor
estratégia para este ataque à Torre. Depois de analisarmos as várias
possibilidades que tínhamos para a subida, a saída de Paranhos da Beira pareceu
a melhor pelo perfil relativamente plano e que permitiria aquecer melhor, antes
de chegarmos a Seia para a “festa”…
Eram cerca de 8.30h quando eu e o Moisés saímos de Paranhos
em direção a Seia e à conquista da Torre, o tempo estava bom para pedalar mas
prometia aquecer.
No ano passado (2011) a subida à Torre foi muito mais
excitante, em dia da subida à Torre da Volta a Portugal a confusão era grande e
a excitação por subir pela 1ª vez à Torre, sem saber aquilo que me esperava,
também era muita. Claro que esta excitação em subir à Torre, quer se conheça ou
não aquilo que nos espera, é sempre muita, será que vai estar calor, será que
me vou sentir bem fisicamente, será que…
Chegámos rapidamente a Seia, apesar de irmos com a lição bem
estudada, tivemos um pequeno percalço que custou caro. O GPS mandava por ali e
nós fomos, poupamos alguns kms iniciais à subida, mas as inclinações de 20%
foram terríveis.
Bom, depois destas “boas vindas” seguimos caminho rumo ao 1º
objetivo – a Torre. Na subida encontramos um grupo de 10 / 15 ciclistas do
Norte que nos acompanharam boa parte do caminho. Certo é que por entre 2 dedos
de conversa estávamos na Torre, aproveitamos para comer e beber alguma coisa e
seguir.
Este ataque à Torre pretendia ser mais do que isso, esse era
o 1º objetivo, o seguinte era descer às Penhas da Saúde, em direção à Covilhã e
Manteigas, depois subir às Penhas Douradas, cortar em direção ao Sabugueiro e
descer a Seia. A volta era ambiciosa, dura, longa, mas o espírito era bastante
positivo.
Seguimos em direção às Penhas da Saúde, a descida à Covilhã é
espetacular, muito sinuosa e perigosa. Descemos sempre em bom ritmo, com
pendentes de 10% e com o termómetro sempre a subir. Ainda era cedo quando
chegamos à Covilhã, por isso decidimos aproveitar e seguir em direção a
Manteigas, a estrada era relativamente plana mas o calor já apertava, estávamos
a precisar de parar urgentemente para comer alguma coisa e descansar.
Paramos numa aldeola perdida ali no meio da Serra, comemos
umas sandes e seguimos caminho, o termómetro já marcava 40º. Daqui a Manteigas o
caminho foi relativamente rápido, sabíamos no entanto que depois tínhamos de
superar as Penhas Douradas e que com aquele calor não ia ser fácil. Optámos pela
subida mais longa, mais kms mas mais calma e protegida do sol, pelo caminho
duas fontes que caíram do céu… A última foi já no cimo das Penhas Douradas, na
nascente do Mondego (Mondeguinho), onde aproveitamos para recuperar forças para
a parte final da aventura. Descemos ao corte para o Sabugueiro e depois foi
sempre a descer até Seia e Paranhos.
Grande aventura esta… 7.35h a pedalar, 147 kms, com uma
altimetria total a passar os 3000 metros .
2 comentários:
Pois é os Pirineus dão motivação para estes desafios para alem disso descobrimos que também temos subidas interessantes cá dentro...
Grande passeio
Um abraço.
Grande volta!!! dia muito bem passado na Serra.
Temos que repetir, mas com novo percurso.
Abraço
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