05/09/12

Sra. Graça/ Serra do Alvão e Marão

A 1ª vez que subi à Sra. da Graça foi em 2010, nessa altura participei na Etapa da Volta RTP que ligou Fafe ao alto da Sra. da Graça. Desde então que tinha cá ficado o bichinho e tinha prometido que havia de lá voltar para fazer uma das mais emblemáticas subidas do nosso Portugal.
Estudei a coisa, vi os kms, a altimetria e pus-me a caminho.
Para que a coisa tivesse algum “élan” tinha de começar um pouco antes da Srª da Graça e aí a saída de Amarante pareceu-me a melhor opção. E assim foi, por volta das 8h estava de saída de Amarante em direção Celorico de Basto e depois a Mondim de Basto, onde comecei a escalar o monte Farinha. Em véspera da etapa da Volta a Portugal que terminava na Sra. da Graça, já se via algum movimento por ali e à medida que subia já se viam muitas barracas e algum pessoal que esperava a passagem da volta. A subida é dura, são cerca de 8 kms com pendentes muito interessantes, mas depois de chegarmos lá acima nem nos lembramos daquilo que penamos para lá chegar. A descida até Mondim foi em grande ritmo e após uma pequena paragem nos Bombeiros para pedir uma informação, decidi, por indicação destes, seguir por outro lado, uma vez que o percurso que tinha pensado estaria em mau estado!!
Segui então, contornei a Sra. da Graça e subi a Serra do Alvão com destino a Vila Real, alguns enganos pelo caminho, mas cheguei relativamente cedo. Ali sabia que tinha de seguir em direção a Santa Marta de Penaguião e depois ao Peso da Régua. Queria chegar cedo ao Peso da Régua para comer alguma coisa mais substancial porque depois até a Amarante o percurso era bastante inclinado!!
Foi complicado no Peso da Régua encontrar alguma coisa para comer, o calor era insuportável e sabia que estava na Régua, mas estava sem saber como é que ia sair dali. Lá consegui finalmente encontrar alguém que me deu as indicações corretas e depois de comer alguma coisa estava de regresso a Amarante. Os primeiros kms no Peso da Régua, perto do Pinhão, a acompanhar o Rio Douro são muito bonitos, depois quando começamos a subir o Marão é que a porca torce o rabo. Foi subir, subir e mais subir, agora pensando um pouco melhor naquilo que fiz só me lembro de uma coisa que foi subir.
Esta subida foi terrível, com um calor abrasador e sem qualquer sombra. A primeira paragem foi numas bombas de gasolina para comprar uma água fresca, mas eu já ia no red line. Depois disto ainda subi bastante, encontrei uma fonte a meio caminho que caiu do céu, estive ali ainda um bocado à conversa e depois segui, ainda tinha mais 3/ 4 kms até começar a descer mais 20 kms até Amarante. Foi um dia espetacular, por entre Sra. da Graça, Serra do Alvão e Marão, por aldeias e lugares perdidos nesta imensidão.













(Altimetria 3565 mtrs; Inclinação max 18%; Temp. max 41ºC; FAT 13%)

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