Estudei a coisa, vi os kms, a
altimetria e pus-me a caminho.
Para que a coisa tivesse algum
“élan” tinha de começar um pouco antes da Srª da Graça e aí a saída de Amarante
pareceu-me a melhor opção. E assim foi, por volta das 8h estava de saída de
Amarante em direção
Celorico de Basto e depois a Mondim de Basto, onde comecei a
escalar o monte Farinha. Em véspera da etapa da Volta a Portugal que terminava
na Sra. da Graça, já se via algum movimento por ali e à medida que subia já se
viam muitas barracas e algum pessoal que esperava a passagem da volta. A subida
é dura, são cerca de 8 kms com pendentes muito interessantes, mas depois de
chegarmos lá acima nem nos lembramos daquilo que penamos para lá chegar. A
descida até Mondim foi em grande ritmo e após uma pequena paragem nos Bombeiros
para pedir uma informação, decidi, por indicação destes, seguir por outro lado,
uma vez que o percurso que tinha pensado estaria em mau estado!!
Segui então, contornei a Sra. da
Graça e subi a Serra do Alvão com destino a Vila Real, alguns enganos pelo
caminho, mas cheguei relativamente cedo. Ali sabia que tinha de seguir em
direção a Santa Marta de Penaguião e depois ao Peso da Régua. Queria chegar
cedo ao Peso da Régua para comer alguma coisa mais substancial porque depois
até a Amarante o percurso era bastante inclinado!!
Foi complicado no Peso da Régua
encontrar alguma coisa para comer, o calor era insuportável e sabia que estava
na Régua, mas estava sem saber como é que ia sair dali. Lá consegui finalmente
encontrar alguém que me deu as indicações corretas e depois de comer alguma coisa
estava de regresso a Amarante. Os primeiros kms no Peso da Régua, perto do
Pinhão, a acompanhar o Rio Douro são muito bonitos, depois quando começamos a
subir o Marão é que a porca torce o rabo. Foi subir, subir e mais subir, agora
pensando um pouco melhor naquilo que fiz só me lembro de uma coisa que foi
subir.
Esta subida foi terrível, com um
calor abrasador e sem qualquer sombra. A primeira paragem foi numas bombas de
gasolina para comprar uma água fresca, mas eu já ia no red line. Depois disto
ainda subi bastante, encontrei uma fonte a meio caminho que caiu do céu, estive
ali ainda um bocado à conversa e depois segui, ainda tinha mais 3/ 4 kms até
começar a descer mais 20 kms até Amarante. Foi um dia espetacular, por entre Sra.
da Graça, Serra do Alvão e Marão, por aldeias e lugares perdidos nesta
imensidão.
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