11/02/08

Às voltas com o Campeão Nacional de BTT

Ainda não estou em mim. Tenho o coração ainda a bater a 180 ppm!!
Eu explico, domingo de manhã algum “amigos” foram para Viseu fazer parte da ciclovia. Eu como tinha de estar cedo em casa para almoçar, resolvi dar uma voltita cá pela zona, mais propriamente pela zona das eólicas. Ainda contactei o “amigo” Jordão e o João Paulo que se baldaram!
Por volta das 9 e pouco já subia para as eólicas quando passaram uns artistas de mota e logo a seguir encontro a descer um rapaz que já tinha encontrado algumas vezes sozinho ali por aquelas bandas. Parámos, palavra puxa palavra, para onde vais, de onde vens, resolveu seguir caminho comigo, a subir! E aquilo é que foi subir, eu vi logo que tínhamos ali artista, ele subiu, subiu e eu fui ficando! Parecia que estava parado. Apanhámos o estradão das eólicas, fomos conversando e descemos até à capela.
Foi então que percebi quem era o senhor, pois bem era o Celso Fernandes, campeão nacional de btt e vencedor da taça de Portugal, ali com os seus 47 anos e a dar cartas!! Este senhor não pedala, este senhor parece flutuar. Corre neste momento por uma equipa de Palmela, a “Volta da Pedra”, e está-se a preparar para disputar o campeonato de btt que vai começar brevemente. Diz que está um pouco em baixo de forma porque teve uma pneumonia e ainda está a recuperar.
Se ele está em baixo de forma e a recuperar, não quero sequer pensar em como será andar com ele quando estiver em forma!! Descemos para o Corgo e ainda tivemos tempo de nos perder!! Fizemos ainda uns valentes Kms juntos, sempre a dar-lhe, melhor dizendo, ele a dar-lhe e eu a tentar acompanha-lo. Contou-me inúmeras peripécias desde o tempo em que começou a praticar btt, ele que já vinha atletismo. Percebi que começou no btt em 1997 e agora está a ficar um pouco farto de algumas situações que se passam ao nível federado, como é o caso, por exemplo, do doping! Quando ele começou não havia cá destas coisas, “era tudo a broa”, no primeiro ano ganhou mais de “1000 contos” em prémios monetários, “onde quer que eu fosse era para ganhar”!
Atenção que tudo o que me contou foi com a maior da humildade possível, sem qualquer regozijo pessoal e com bastante emoção.
Na minha opinião é esta uma das grandes virtudes do btt que o diferencia de muitos outros desportos, a facilidade com que se estabelecem novos contactos e novas amizades!
Até um dia destes Celso, vemo-nos por aí nesses montes!

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