05/11/07

G8

Hoje pensando bem no assunto, nem me lembro bem como é que isto tudo começou. Acho que terá sido mais ou menos assim… era o ano de 1998 e nós éramos um grupo de caloiros do 1º ano de Gestão, em Coimbra, e com a excepção de um ou outro, ninguém se conhecia. Depois, todo o espírito académico da Latada, da Queima das Fitas, das praxes, das noites de tertúlia em que se falava de tudo e de nada, despertaram um enorme sentimento de companheirismo e amizade.
O G8 foi “fundado” por esta altura e como o próprio nome indica, éramos um grupo de 8 amigos, que se reuniam frequentemente para umas noitadas, precedidas, é claro, de umas grandes jantaradas. Desde leitão, camarão a javali, tudo o que caía no prato era devorado como um autêntico manjar.
Os anos foram passando, o convívio, salvo raras excepções, começou a ser mais escasso…
No entanto, na sexta-feira passada, foi dia de jantarada em casa do “Jequim” e de reencontrar muitos daqueles que já não havia à muito… A vida mudou bastante, as responsabilidades agora são outras, uns já casaram, outros estão em vias de casar, uns já tem filhos outros já tinham na altura. Nem todos puderam estar presentes, mas mesmo assim foi bom reviver novamente aquela emoção de estarmos todos juntos, de falar disto e daquilo, de falar do presente e do passado com saudade, de perguntar “o que é feito de ti?”
Acho que todos os que tenham tido a sorte de viver intensamente a tradição académica coimbrã, de sentir toda esta história e cultura secular, não podem ficar indiferentes e certamente é algo que nunca vão esquecer pela vida fora. Este espírito de irreverência, este orgulho em vestir o traje académico pela primeira vez, de desfilar no carro do curso, de usar a cartola e bengala, de carregar todo este peso de gerações de tradições, marca o mais indiferente e torna-o, certamente, uma pessoal melhor.
Actualmente, retrospectivando tudo aquilo que fiz e passei enquanto fui estudante em Coimbra, chego a uma conclusão um pouco surpreendente (ou não!), no fundo passei tantos anos a estudar e a perguntar a mim mesmo “quando é que acabo isto e me vou embora?” e agora, saudoso de tudo aquilo porque passei, gostava de voltar atrás e reviver novamente tudo outra vez!?

“Além das aptidões e das qualidades herdadas,
é a tradição que faz de nós aquilo que somos.”
Albert Einstein

3 comentários:

Unknown disse...

Grande abraço de grande emoção pelas tuas palavras e por sentir que neste mundo em que vivemos continuam a existir seres humanos, como tu, que têm e partilham sentimentos e emoções.

Rucaworld blog disse...

Ainda me estou a “babar” todo com o comentário : )) foi bom este reencontro com a malta e reviver muitas coisa, pena, foi, que o “pequeno” não tenha podido ir, certamente seria ainda mais animado o serão!?!? agora vamos esperar pelo fds na roulote do “jequim”…… abraço

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.